ADOÇANTES DIETÉTICOS


O que é adoçante?


Segundo o dicionário Michaelis:
a.do.çan.te
adj m+f (de adoçar) Que adoça. sm Toda substância, natural ou sintética, empregada para adoçar alimentos, bebidas, medicamentos (como açúcar – sacarose, melado, sacarina etc.).

O que é edulcorante?
Segundo o dicionário Michaelis:

e.dul.co.ran.te
adj m+f (de edulcorar) Que edulcora, que adoça; edulcorativo. sm Substância edulcorante.

O que é Adoçante dietético?

Segundo a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária:
São Adoçantes formulados para dietas com restrição de sacarose, frutose e ou glicose, para atender às necessidades de pessoas sujeitas à restrição da ingestão desses carboidratos. As matérias-primas sacarose, frutose e glicose não podem ser utilizadas na formulação desses produtos alimentícios.

ADOÇANTES DIETÉTICOS

Bem, comecei essa postagem com os significados dessas palavras para focá-la no assunto: Adoçantes Dietéticos ou Adoçantes Artificiais!

O QUE NÃO É DITO SOBRE OS ADOÇANTES ARTIFICIAIS?

Que é para ser usado para fins especiais, todo mundo sabe, mas poucos respeitam!

Que não pode ser consumido em exagero, muitos também sabem, maaaas muitos ignoram.

Essas são substâncias fabricadas em laboratório a cerca de 150 anos que pensando até parece que é conhecida há anos, mas se compararmos com a quantidade de anos que estamos habitando o planeta Terra… Esses 150 anos não é nada para o nosso código genético – DNA. Assim, será que o nosso organismo está habituado a lidar com essas “novas” substâncias?

Se adoçante não engorda, como o número de obesos aumenta proporcionalmente ao crescimento do consumo de adoçantes?

Vamos lá entender o que acontece no nosso corpo quando consumimos essas substâncias:
  Quando consumimos adoçantes esses passam pela boca, onde tem a língua que têm as papilas gustativas que têm receptores que avisam ao cérebro que tipo de substância você está consumindo. Temos receptores para os sabores: amargo, azedo, salgado e doce.

 Quando esses receptores percebem que algo doce está passando por ele esse logo avisa ao hipotálamo, parte do cerebelo, que vulgarmente chamamos de cérebro…

 Vamos nos colocar no lugar do hipotálamo: você consome o adoçante artificial, esse ativa receptores na língua que avisa ao cérebro que algo doce está chegando. O seu cérebro fica feliz e contente, pois irá chegar energia para ele – o açúcar – mas, nada chega! Afinal, você está consumindo algo que serve para enganar o seu cérebro – o adoçante artificial.

 O cérebro todo feliz prepara tudo para a chegada da glicose… Mas, cadê? Por que não chegou? O cérebro “pensa”: Como assim? Eu tenho certeza que passou algo doce pela língua, mas para onde isso foi?

 O querido cérebro dá um Comando para o intestino: Aumente a absorção de açúcares! Imagina que o intestino não está dando conta do recado, não está absorvendo, algo errado está acontecendo com esse órgão!

 Esse coitado, o intestino, aumenta a absorção de carboidratos. Mas, se o consumo foi somente de um chá, por exemplo, com adoçante, NÃO tem carboidratos, então NADA é absorvido!

 Então, o cérebro, INDIGNADO, dá outro comando: COMA AÇÚCAR!!!!!!! Eu já preparei tudo aqui dentro para a chegada da glicose, porém nada chegou então você vai consumir glicose, e agora!

 Pergunto: Alguma vez você sentiu aquela vontade louca, do nada, de comer um docinho?

Têm outros mecanismos que dão esse sinal de alerta também, como a falta de alguns nutrientes, mas é muito comum o consumo de adoçantes dietéticos aumentarem essa vontade por carboidratos!

Ah! Já ia me esquecendo, tem mais: Quando o adoçante dietético é absorvido esse não é metabolizado pelo nosso fígado! Mas, isso é bom ou é ruim?

Depende do ponto de vista: para o fígado é bom, pois não tem que trabalhar, mas para o corpo é ruim. O que acontece é: se o CENTRO do metabolismo – o fígado – não soube ou não reconheceu essa substância para metabolizá-la, o restante do corpo saberá menos ainda… “Metabolizar significa modificar a substância para que essa seja eliminada pelos rins na forma de urina”.

Atualmente, está crescendo o número de artigos científicos, bem conduzidos, mostrando que essas substâncias podem ficar no nosso corpo por mais tempo que o esperado e estimular em excesso o nosso querido cérebro podendo causar: hiperatividade nas crianças ou nos adultos, mal de Alzheimer e mal de Parkinson.

Por que isso acontece? Bem, substâncias tóxicas, ou mal metabolizadas ou não metabolizadas pelo nosso fígado, quando consumidas em excesso, tendem a ficar no nosso corpo, como não podem ficar circulando livremente na corrente sanguínea ficam armazenadas em tecidos de gordura.

O nosso cérebro é composto por 60% de gordura – recordam da bainha de mielina, um isolante que faz com que os impulsos elétricos saltem e assim cheguem mais rápido ao seu destino… Então essa bainha é feita basicamente de gordura!

Bem, a partir de hoje pense bem antes de espirrar um jato de adoçante na sua bebida, ou de trocar TODOS os alimentos “originais” por “diet/light/zero”.

Após dar um nó na sua cabeça, pois você não sabe mais se consome açúcar ou adoçante, digo:

“Pense saudável: reduza tanto o consumo de açúcares quanto o de adoçantes dietéticos – Pense anti-saudável: mantenha o consumo de açúcares e adoçantes artificiais…”

Diabéticos, necessitam de uma restrição severa no consumo de açúcares, esses poderão consumir adoçantes, desde que de uma maneira controlada E visando aprender a consumir os alimentos in-natura, sem a necessidade de sentir o sabor EXAGERADO do doce no seu dia-a-dia!

Será que é necessário acrescentar algum adoçante num suco de laranja que foi preparado com 4-5 unidades de frutas? Você gosta do sabor do café/chá ou do adoçante? Pense nisso!

AGORA VAMOS PARA O QUE TODOS DIZEM SOBRE OS ADOÇANTES ARTIFICIAIS

Breve histórico:

Em 1879 foi sintetizado o primeiro adoçante dietético: a sacarina. Essa foi bem utilizada em épocas de guerra, pelo seu baixo custo de fabricação e pela dificuldade de acesso ao açúcar branco (SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes).
O aspartame foi descoberto acidentalmente nos anos 60 pelo pesquisador James M. Schatter, que aquecia um composto em um frasco contendo metanol quando a mistura espirrou para fora do frasco e caiu-lhe nos dedos. Minutos após, levando o dedo à boca para folhear um livro sentiu um sabor extremamente doce, descobrindo o fortíssimo poder edulcorante do aspartame (SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes).

DIFERENÇAS:

Entre Adoçantes e adoçantes dietéticos

Adoçantes: Açúcar refinado, mascavo, mel, melado, dextrose, maltodextrina: são carboidratos simples, produto natural, com “normal/adequado” poder de adoçante, e tem aproximadamente 4kcal/g do nutriente;

Adoçantes dietéticos: Sacarina, ciclamato, aspartame, acessulfame-k, stévia, sucralose, sorbitol, manitol, xilitol: Substâncias químicas, com alto poder adoçante, e com baixíssimo valor calórico. Essas substâncias têm calorias, porém na quantidade que consumimos o valor calórico é mínimo – inferior a 1 kcal/g.

Entre Diet X Light X Zero

Segundo a ANVISA:
DIET: São os alimentos especialmente formulados ou processados, nos quais se introduzem modificações no conteúdo de nutrientes, adequados à utilização em dietas, diferenciadas e ou opcionais, atendendo as necessidade de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas.
São alimentos para dietas com RESTRIÇÃO de carboidratos, OU RESTRIÇÃO de gorduras, OU RESTRIÇÃO de proteínas, OU RESTRIÇÃO de sódio.

LIGHT: É qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um alimento possui uma ou mais propriedades nutricionais particulares, relativas ao seu valor energético e o seu conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos, fibras alimentares, vitaminas e ou minerais.

ZERO: Igual a Diet.

Mas, para o marketing a palavra “zero” é melhor assimilada como saudável do que a palavra diet que, atualmente, é mais relacionada à diabetes!

Resumindo: diet

é isenção de um nutriente, que pode ser o açúcar, ou o sal, ou a gordura, o que vemos geralmente é isenção do AÇÚCAR. Light é a redução de valor calórico, em comparação com o original, através da redução de um nutriente que pode ser açúcar e/ou gordura. Zero = Diet.


CONSUMO:
A ABIAD – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais –
em 2003 realizou uma pesquisa de mercado diet/light e verificou que houve um aumento de 1875% no consumo desses alimentos, tudo porque 40% da população acha que o consumo dos adoçantes artificiais deve-se por precisarem por um motivo de saúde e 45% pra emagrecer ou por ser uma opção mais saudável. Mas, será que serve para emagrecer de maneira saudável já que há um aumento concomitante no número de obesos?

TIPOS DE ADOÇANTES:

Sacarina – Tem poder adoçante 500 vezes maior do que a sacarose – açúcar. Em altas concentrações deixa sabor residual amargo, e não é metabolizado pelo organismo. Ingestão
limite Segura: 5 mg/kg de peso corpóreo.

Ciclamato – Poder adoçante, é 40 vezes mais doce que a sacarose, não calórico e possui sabor agradável e semelhante ao açúcar refinado (apresentando um leve gosto residual). Não é metabolizado pelo organismo. Ingestão limite Segura: 11 mg/kg de peso corpóreo – equivalente: Pó: 0,24 envelopes/ kg peso corpóreo e Líquido: 1,2 gotas/ peso corpóreo.

Aspartame – Possui sabor agradável e semelhante ao açúcar branco, só que com potencial adoçante 200 vezes maior, permitindo o uso de pequenas quantidades. Muito usado pela indústria alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet. É contra-indicado a portadores de fenilcetonúria, uma doença genética rara que provoca o acúmulo da fenilalanina no organismo, causando retardo mental. Ingestão limite Segura: 50 mg/kg de peso corpóreo – equivalente: Pó: 1,05 envelopes/ kg peso corpóreo e Líquido: 8 gotas/ peso corpóreo.

Acesulfame-k – Adoça 200 vezes mais que a sacarose, seu gosto doce é percebido de imediato e em grandes doses deixa um leve sabor residual amargo. Não é calórico e nem metabolizado pelo organismo. Pode ser usado como adoçante de mesa e numa infinidade de produtos. Ingestão limite Segura:
15 mg/kg de peso corpóreo.

Stevia – Steviosídeo, edulcorante natural de sabor doce retardado com poder adoçante 300 vezes maior do que a sacarose. Ingestão limite Segura: 5mg/kg de peso corpóreo.

Sucralose – Edulcorante sintético com poder adoçante 600 vezes maior do que a sacarose. Não é calórico e possui sabor agradável. Ingestão limite Segura: 5mg/kg de peso corpóreo.

Sorbitol – Substância natural presente em algumas frutas, algas marinhas etc. Tem o poder edulcorante igual ao da sacarose e similar ao da glicose, não sendo aconselhável a pacientes obesos e diabéticos mal controlados. Fornece 4 calorias/grama e ao ser absorvido se transforma em frutose no organismo. A frutose é transformada em glicose no fígado, mas como o processo é lento, não altera significativamente a glicemia.

QUANTIDADE MÁXIMA PARA CONSUMO:

No texto acima há a quantidade limite para consumo que aparentemente é bem alta, mas lembre-se que hoje há adoçantes artificiais nos refrigerantes light/zero, nas águas saborizadas, nas gelatinas, nas geléias, nas águas com gás, nos doces, nos chocolates, nas balas e chicletes, enfim em vários alimentos!!!!!

CRIANÇAS PODEM CONSUMIR ADOÇANTES?

Não há uma contra-indicação formal ao consumo nessa faixa etária, mas se o consumo adulto deve ser para pessoas com necessidades de restrições específicas como o caso de diabetes, para crianças o raciocínio deve ser o mesmo. IMPORTANTE: no primeiro ano de vida NÃO é aconselhável a adição de açúcares na alimentação da criança, assim também NÃO deverá adicionar adoçantes.

… Complementando: NÃO é aconselhável a adição de açúcares na alimentação da criança, do adolescente, do adulto, do idoso…. rsrsrs

Att,

Van nutri
Vanessa Lobato Nutricionista Esportiva
#Nutrição Esportiva